Quando eu tinha 7️⃣ cerca de 14 anos, nossa professora de inglês nos levou para uma biblioteca e nos deu uma tarefa. Precisávamos escolher 7️⃣ um livro de qualquer prateleira e começar a ler. Eu caminhei ao redor, fui ao banheiro algumas vezes, fingi procurar 7️⃣ um livro. Finalmente, minha professora me pegou. Ela franziu o soboco: por que você não tem um livro na mão 7️⃣ como todo mundo? Eu olhei para o meu lado e avistei uma pequena seção de livros que pareciam bem mais 7️⃣ finos que os demais. Jackpot.

A primeira coisa que chamou a 7️⃣ atenção foi quanto era fácil de ler. Isso não era o tipo de linguagem ao qual eu estava acostumado bet nac 7️⃣ aulas de inglês, uma linguagem que achava impossível devido a uma certa dislexia e uma tendência de olhar pela janela. 7️⃣

Isso era diferente. Estava cheio de espaços bet nac branco. Era quase 7️⃣ que tudo diálogo. E falava de maneira estranha, engraçada e imprevisível. As regras normais de gramática e síntaxe não pareciam 7️⃣ se aplicar. Virgulas caíam bet nac lugares esquisitos. Palavras desfilavam pela página como confetes. Frases inteiras não pareciam existir. Um traço 7️⃣ não estava lá para representar alguma regra linguística que não entendia, era algo físico, algo a ver com a maneira 7️⃣ como uma pessoa falava. Em suma, aqui não havia certo ou errado, havia apenas esses personagens falando e aquilo era 7️⃣ a única verdade que importava.

A Descoberta do Poder da Literatura

O 7️⃣ livro era "Road" de Jim Cartwright. Qual era a coisa sobre esse palco sujo, ambientado na Lancashire na década de 7️⃣ 1980, que falava tão diretamente a um jovem judeu britânico de Londres?

7️⃣ Eu me lembro de ter encontrado o protagonista cativante. Um homem swashbuckling, carismático e quebrado chamado Scullery que cheirava 7️⃣ a perigo. Eu me lembro da lei do lixo desta história. A linguagem na página era como uma espécie de 7️⃣ portal para algo cru e corporal.

Era grosseiro, ilícito, brincalhão. Mas 7️⃣ também mortalmente sério. E quanto mais brincalhão se tornava, mais aterrorizante a história se tornava.

7️⃣ Eu estava bet nac três lugares ao mesmo tempo. Primeiro, lendo esse livro nos anos 2000, porque 7️⃣ se não o fizesse meu professor ficaria com raiva de mim. Segundo, andando pelas ruas de uma cidade distante, conhecendo 7️⃣ pessoas que nunca teria conhecido. Mas no terceiro, e o mais emocionante para mim, estava bet nac um teatro. Estava assistindo 7️⃣ a essa coisa acontecer no palco, diante de uma platéia, personagens saindo do palco à esquerda e à direita e 7️⃣ se transformando bet nac atores.

Por um lado, o mundo bet nac que 7️⃣ vivia. Por outro, esse livro. Se batessem esses dois reagentes, algo novo poderia surgir, uma peça de teatro. E essa 7️⃣ ideia de bater essas duas coisas juntas era emocionante. O que isso deveria ser como? Que tipo de pessoas eu 7️⃣ encontraria no processo? Que tipo de salas eu entraria? Que tipo de comunidade eu faria parte? Em suma, para onde 7️⃣ esse livro me levaria?

Da Ideia à Criação

Eu me recordo muito 7️⃣ claramente de fechar o livro no meu colo e olhar pela janela, percebendo - com uma espécie de ressignação - 7️⃣ que eu teria que escrever um deles também. Porque se esse