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aos 10 anos, ainda na terceira série recebi notícias da minha mãe e padrasto de que viajaríamos para a província 😗 Helmand no casamento do meu irmão. Mal sabia eu: seria o próprio matrimônio dele porque meus familiares haviam arranjado um 😗 acordo com os primos por 40 mil afegãos [500] sem conhecimento ou consentimento algum?
Naquela noite, depois do casamento fui dormir 😗 ao lado da minha mãe e irmãozinho para acordar junto com o meu primo. Tremendo de confusão ou medo fugi 😗 betnacional png lágrimas no quarto a gritar mas foi aí que me disseram ter sido casado...
Mahtab Eftekhar, 
grafada com a mãe 😗 e o tio no dia do casamento dela aos 10 anos. Ela pensou que era um dos casamentos de seu 😗 irmão não é dele próprio!
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Foi o início de um pesadelo agonizante que destruiu minha infância e 😗 vida adulta.
Dois anos mais tarde, betnacional png 2007, aos 12 e eu me tornei mãe pela primeira vez. Meu filho nasceu 😗 prematuro deficiente ou incapacitado; ela logo faleceu no ano seguinte deu à luz a uma filha que perdeu outra: minha 😗 família havia se recusado ao médico quando estava doente porque era menina - não o menino do qual tanto queriam 😗 muito!
Em 2010, quando eu ainda tinha apenas 14 anos, minha terceira filha nasceu. Ela também estava doente e abaixo do 😗 peso médio ela ficou mais fraca dia a noite combetnacional pngpele ficando cada vez amarelada!
O abuso implacável do 😗 meu marido pelo infortúnio que eu continuava trazendo para a família me deixou exausto, mas o medo de perder minha 😗 filha deu-me força suficiente pra fugir até casa da mãe betnacional png Cabul. Depois dos meses tratados num hospital público...
Depois de 😗 sair do hospital, eu sabia que não queria voltar para Helmand. Eventualmente um compromisso foi alcançado e meu marido estava 😗 convencido a morar conosco betnacional png Cabul? - alugamos uma sala humilde nos arredores da capital ocidental; Eu tive o filho 😗 nascido no ano 2024.
Eu pensei que me afastar debetnacional pngfamília, quem o havia encorajado a maltratar-me poderia acabar com 😗 os abusos físicos e mentais mas continuou sem parar. O medo da perda dos meus filhos impediu eu sair ou 😗 procurar um divórcio ”.
Cabul apresentou um novo começo e melhores oportunidades, especialmente para minha filha Zahra que começou a frequentar 😗 escola. A partir de então meu foco principal mudou-se betnacional pngbetnacional pngeducação : eu estudava ao lado dela lendo suas 😗 lições antes do ensino todas as noites com ela;
Hoje, aos 14 anos de idade ela se destaca betnacional png inglês e 😗 tem um grande talento para desenhar. Quando era mais jovem - antes da aquisição do Taleban no 2024 – foi 😗 convidada a participar nos programas televisivos que muitas vezes falavam sobre as dificuldades com o qual eu vivo na Afeganistão; 😗 revivi minha infância ao criar uma criança tão forte como Zahra (que é muito inteligente).
Neste momento, também fiz cursos de 😗 alfaiataria e beleza que me levaram a ganhar trabalho betnacional png um salão nas proximidades. Começando com tarefas básicas como o 😗 corte da sobrancelha s vezes eu estabeleci minha própria sala para cuidar das coisas bonitas na capital Cabul - Infelizmente 😗 meu único fonte do dinheiro foi fechada pelo Taliban depois deles terem recuperado poder no ano passado (21).
Durante este período, 😗 o abuso do meu marido piorou. Enquanto eu me educava sobre meus direitos como mulher através da mídia de leitura 😗 livros ou ler os jornais tentei várias vezes pedir um divórcio para que cada vez minha família ameaçasse por trazer 😗 desgraça à tribo dizendo: "Eles tirariam minhas crianças"
“Se você respira, pertence a mim; caso contrário é da terra”, ele me 😗 disse.
Mahtab Eftekhar, 
grafada combetnacional pngfilha Zahra que agora tem 14 anos e ainda vive no Afeganistão.
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Depois que o Taliban recuperou poder, minha filha também foi impedida de frequentar a escola. Como os abusos físicos e 😗 verbais do meu marido se intensificaram Eu apresenteu uma queixa formal na delegacia dos talibãs detalhando-me sobre abuso sexual 😗 betnacional png um casamento infantil
Quando meu marido soube disso, ele levou meus filhos para Helmand e me pediu que largasse o 😗 caso se eu quisesse morar com eles novamente.
Depois de muitos dias, além dos meus filhos não pude mais suportar e 😗 entrei betnacional png contato com minha filha. Coordeneci ao telefone para marcar um horário da reunião; viajeu até Helmand (com a 😗 ajuda duma família que conheci no ônibus) passei por todos os postos do Taleban onde consegui me reunir aos seus 😗 próprios pais!
Mas na viagem de volta, perto da cidade Kandahar os talibãs forçaram-me a mim e aos meus filhos para 😗 fora do veículo. Em vez disso eles me ajudaram betnacional png baterem no carro por viajar sozinho com ele verbalmente abusando 😗 dele mesmo!
No início, não lhes disse nada mas depois vi o meu marido e a família dele na esquadra da 😗 polícia. Percebi que me tinham denunciado ao Talibã; com uma pedra batia-me à mãe do homem acusando de adultério abandonava 😗 as casas das minhas responsabilidades...
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Eu 😗 congelei como eu sabia o que as consequências de tal acusação poderia significar para mim. Se foi provado ter cometido 😗 adultério, seria açoitado ou apedrejada até a morte pelo Talibã ; senti-me com todo mundo contra Mim "
Tentei me defender 😗 e disse ao Talibã sobre minha queixa, pedido de divórcio. Eu pleiteei a inocência com as autoridades da estação mas 😗 elas não ouviram-me; já tinham julgado culpado sem qualquer prova: como punição eles bateram betnacional png mim usando pontas do rifle 😗 ou chicoteamento plástico!
Com medo das consequências de desafiar o Taliban, concordeu relutantemente betnacional png voltar com a família do meu marido. 😗 Disseram-me que ele se divorciaria e eu poderia ficar minha filha mas eles levariam seu filho na esperança para garantir 😗 pelo menos futuro dabetnacional pngprópria menina concordou comigo!
Durante a minha audiência de divórcio, os mulás [clérigo Taliban] decidiram 😗 que como uma mulher exigindo o seu
mahr
[dowry] e custódia do meu filho de cinco anos. O mahr refere-se ao dinheiro 😗 ou ativos dados pelo marido àbetnacional pngesposa, sendo considerado propriedade exclusiva da mulher que ela pode usar para se 😗 sustentar durante o casamento (ou após divórcio).
Embora eu tentasse apelar contra o veredicto betnacional png outros tribunais, não cheguei a lugar 😗 nenhum.
Depois que meu divórcio foi finalizado betnacional png 2024, juntei-me às mulheres protestando contra o Talibã ebetnacional pngopressão das Mulheres. 😗 Apesar do ativismo meus pensamentos nunca se afastaram muito de seu filho; infelizmente ele levou minha filha para Helmand deixando 😗 eu devastada!
Procurei ajuda da polícia do Taleban, mas cada vez eles se recusaram. Em lugar disso me acusaram de adultério 😗 e açoitavam-me como castigo!
Logo após o divórcio, meu marido trouxe nosso filho para me visitar betnacional png Cabul apenas pra aproveitar 😗 a oportunidade de sequestrar nossa filha e levá-la até Helmand.
Mahtab combetnacional pngfilha, Zahra que foi sequestrada por seu 😗 pai e levada de volta para a família na província Helmand.
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Desde então, não vejo nenhum dos meus filhos. Voltar 😗 a Helmand pode custar-me vida porque já demonstrei e falei contra os talibãs tantas vezes!
Não me restava razão para viver. 😗 Ninguém alugaria um apartamento por estar sozinha e solteira, não podia trabalhar porque as mulheres estavam impedidas de fazer trabalhos; 😗 portanto larguei todos os meus pertences – a tristeza da perda dos filhos - do Irã!
Tenho agora 26 anos e 😗 perdi tudo: minha infância, juventude saúde ou filhos. Mas sou grata por ter encontrado a voz que me dei 😗 ao encontrar no Irã; estou ganhando o sustento trabalhando betnacional png uma loja alfaiate para defender as vozes das mulheres do 😗 meu país
Não tenho medo de morrer nesta jornada para a justiça. Em vez disso, eu abraço-a sabendo que pelo menos 😗 serei um exemplo betnacional png milhares das mulheres enfrentando dificuldades semelhantes e inspirálas contra tirania ”.
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