Paris: da capital do século 21, segundo Juan Goytisolo e Simon Kuper

Em 1990, o escritor espanhol Juan Goytisolo publicou um 6️⃣ ensaio curto intitulado "Paris, Capital do século 21". No final do século XX, ele decidiu que Paris estava esgotada. A 6️⃣ cidade das vanguardas, das ideias, das revoluções e da luta de classes, que definira tanto da história europeia e mundial, 6️⃣ agora não era mais do que um museu. Como praticamente um parisiense de toda a vida e amante do lugar, 6️⃣ Goytisolo desesperadamente queria que Paris no século 21 retomasse seu lugar como uma grande metrópole. Mas isso só poderia acontecer, 6️⃣ argumentou, se Paris se reinventasse "des-europeanizando" a si mesma. Ele quis dizer que ela deveria olhar para o mundo para 6️⃣ além da Europa, acolhendo suas vozes frequentemente dissidentes, não francesas e não europeias, para se tornar uma cidade verdadeiramente global. 6️⃣ Apenas desta forma Paris poderia ser trazida de volta à vida.

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Mais de 30 anos 6️⃣ após esse ensaio, Simon Kuper escreveu um livro sobre o que realmente foi viver casa de aposta casa de aposta Paris nos últimos 20 anos. 6️⃣ Eu também vivi na cidade pelo mesmo período, no distrito trabalhador de Pernety, e vi todas as mudanças que Kuper 6️⃣ viu. A visão de Pernety e a visão de seu mundo de bairro sofisticado não sempre foram as mesmas. Ele 6️⃣ às vezes subestima, por exemplo, a gravidade das tensões raciais e de classe casa de aposta casa de aposta Paris. Em seu crédito, no entanto, 6️⃣ ele sempre é consciente de suas limitações como estrangeiro e como aprendiz parisiense.

O autor, jornalista do Financial 6️⃣ Times, começa descrevendocasa de aposta casa de apostachegada à cidade no início dos 00, um refugiado dos preços de imóveis abusivos casa de aposta casa de aposta Londres. 6️⃣ Ele encontra casa de aposta casa de aposta Paris um universo econômico alternativo, onde apartamentos centrais decentes eram acessíveis, juntamente com uma boa qualidade de 6️⃣ vida que não dependia de um grande salário.

Inicialmente, Kuper comprou o ditado de que Paris era um lugar morto - 6️⃣ economicamente moribundo, artisticamente bancarro, algo muito parecido com o museu de Goytisolo. À medida que se fixava, estabelecia uma família 6️⃣ e um modo de vida, no entanto, Kuper começou a mudar de ideia à medida que navegava nas alegrias e 6️⃣ vicissitudes imprevisíveis da vida diária parisiense. Isso envolveu brigas com vizinhos difíceis, levar crianças para partidas de futebol nos banlieues 6️⃣ (as suburbs externas, que certamente não estão museificadas), aprender gírias do pátio das escolas de seus filhos (que contêm uma 6️⃣ surpreendente quantidade de árabe de rua), lidar com o diagnóstico de câncer decasa de aposta casa de apostaesposa, negociar o sistema de seguridade 6️⃣ social francês assombroso e, talvez o mais difícil de todos, aprender a atuar como um parisiense de verdade - uma 6️⃣ performance que exige a dominação de um número quase infinito de códigos comportamentais.

Kuper chora na frente de um amigo, quebrado 6️⃣ pela tensão de viver casa de aposta casa de aposta uma cidade que parecia à beira da loucura

Kuper é um observador claro dos históricos que 6️⃣ acontecem ao seu redor. Ele testemunha a revolta dos gilets jaunes, que ele observa ser casa de aposta casa de aposta parte uma protesto "contra 6️⃣ Paris casa de aposta casa de aposta si" (contra pessoas como Kuper, de fato), vê a queima da Catedral de Notre Dame, suda ondas de 6️⃣ calor históricas sem precedentes e lida com a pandemia. O evento mais momentoso - e aterrorizante - que marcou a 6️⃣ vida parisiense de Kuper foi a noite de 13 de novembro de 2024, que nenhum parisiense que vivenciou esquecerá. Ele 6️⃣ estava no Stade de France quando as primeiras bombas explodiram, o prelúdio para uma noite de massacre que terminou com 6️⃣ 130 pessoas inocentes mortas. Sempre o repórter profissional, Kuper mantém suas emoções para si, até alguns dias depois, quando chora 6️⃣ na frente de um amigo, quebrado pela tensão de viver casa de aposta casa de aposta uma cidade que parecia à beira da loucura.

Agora, os 6️⃣ Jogos Olímpicos estão à vista e Paris parece se preparar para se anunciar novamente ao mundo como um líder global, 6️⃣ como a cidade multicultural imaginada por Juan Goytisolo. Por todas as transformações dos últimos 20 anos, no entanto, Kuper sempre 6️⃣ está atento à singularidade. É a essência imutável - para ser encontrada no prazer diário do menu du jour ou 6️⃣ simplesmente no banter sarcástico, nasal casa de aposta casa de aposta seu zinc (bar) local - que faz os parisienses amaremcasa de aposta casa de apostacidade, e estrangeiros 6️⃣ como Kuper (e eu) amá-la ainda mais.