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Henry Daoud, um ativista queer veterano recentemente passou por bandeiras do arco-íris pendurada para o mês de Orgulho na cidade 6️⃣ portuária velha Jaffa centro histórico da cultura palestina.

O símbolo mais famoso da libertação LGBTQ+ foi tão cooptado pelo Estado 6️⃣ israelense que para um palestino gay como ele agora serve apenas de lembrete do horror se desenrolando a 60 milhas 6️⃣ ao sul.

Em novembro passado, o governo de Israel postou duas imagens da Gaza baixar blazebaixar blazeconta nas redes sociais. Um 6️⃣ deles mostra soldado israelense Yoav Atzmoni na batalha fadigas frente a edifícios reduzidos aos escombros por ataques aéreos israelenses 6️⃣ Ele segura uma bandeira arco-íris com um mão rabiscaram mensagem: "Em nome do amor".

No segundo ele posa ao lado de 6️⃣ um tanque, sorrindo enquanto exibe uma bandeira israelense com fronteiras arco-íris. "A primeira Bandeira do Orgulho levantada baixar blaze Gaza", diz 6️⃣ a legenda para ambas as imagens :

Na época, os ataques israelenses mataram mais de 10.000 palestinos baixar blaze Gaza incluindo 6️⃣ 4.000 crianças - segundo dados do Ministério da Saúde. O número subiu para 37.000 e há um milhão à beira 6️⃣ das fomes

"Vi o uso repugnante das bandeiras do orgulho baixar blaze Gaza", disse Daoud, um cidadão palestino de Israel cujo nome 6️⃣ foi mudado. Ele pediu anonimato porque os palestinos enfrentaram prisão e perseguição por expressar solidariedade com civis na Faixa da 6️⃣ Palestina para criticar a guerra ”.

"Agora, neste período baixar blaze que a morte terrível paira sobre todos nós não consigo ver 6️⃣ de outra forma o orgulho da bandeira. Realmente virou meu estômago vê-los; foi revoltante", acrescentou ele ”.

Ativistas seguram

s de 6️⃣ palestinos mortos no desfile do Orgulho LGBTQ+ baixar blaze 30 maio, que viu milhares e apoiadores marchar por Jerusalém.

: Abir Sultan/EPA

A 6️⃣ reação de Daoud é compartilhada por muitas pessoas queer baixar blaze todo o mundo, disse Phillip Aiub. professor da Universidade College 6️⃣ London e pesquisador do cruzamento entre política com direitos LGBTQ+

"A desconexão cognitiva que é ver o mais na imagem - 6️⃣ rruble, casas das pessoas – e depois vendo a bandeira sendo exibida baixar blaze uma forma comemorativa. É um enorme violação 6️⃣ para as mulheres com direitos sob esta Bandeira."

Essas imagens de Gaza fazem parte da campanha internacional que os críticos chamam 6️⃣ "pinkwashing" porque dizem ter como objetivo reforçar o Estado israelense, ligando-o com a estranheza perante uma identidade palestina descrita exclusivamente 6️⃣ homofóbica.

Explora o apoio global aos direitos LGBTQ+ para promover uma agenda política ultranacionalista israelense e legitimar a opressão dos palestinos, 6️⃣ disse Sa'ed Atshan. presidente do departamento de estudos sobre paz no Swartmore College (EUA)

Palestina e o Império da Crítica

.

Essa mensagem 6️⃣ não foi impulsionada pelo entusiasmo genuíno pelos direitos LGBTQ+ de um governo que inclui o autoproclamado “homofóbico fascista” como ministro 6️⃣ das Finanças, disse ele.

"O Estado israelense tem públicos diferentes", disse Atshan. Se ele está abordando audiências domésticas LGBTQ-friendly baixar blaze Israel 6️⃣ ou globalmente, então chicoteia este discurso rosa de lavagem tentando retratar o país como um paraíso gay."

Para o público homofóbico, 6️⃣ inclusive baixar blaze casa e sionistas cristãos no exterior "apresenta um discurso homófobo sobre conservadorismo religioso"e adesão a 'valores familiares'.".

Quando Rauda 6️⃣ Morcos, uma cidadã palestina de Israel que é advogada dos direitos humanos e ativista premiada ouviu falar sobre Tel Aviv 6️⃣ planejar marcar o Orgulho este ano ela ficou surpresa. "Não há senso humano para perceberem como as pessoas estão sendo 6️⃣ bombardeadas todos os dias baixar blaze Gaza pelo seu próprio país [Israel]? E vocês pedem orgulho por igual direito a gente 6️⃣ gay?" Quem se importa no momento com isso porque eu tenho igualdades entre nós."

Advogado e ativista de direitos humanos Rauda 6️⃣ Morcos.

: Rauda Morcos

Morcos diz que ela foi levada de volta quase duas décadas até 2006. Naquele ano houve um ataque 6️⃣ israelense baixar blaze Gaza, e como chefe do grupo ativista palestino gay fez campanha para boicotar o desfile WorldPride organizado pela 6️⃣ Jerusalém Open House.

"Que momento errado, que mau tempo. Não só então mas agora", disse ela."Na verdade é sempre a hora 6️⃣ errada e o tema está todo equivocado porque 'não há orgulho na ocupação' quer seja 2006 ou hoje".

A escala de 6️⃣ morte e destruição baixar blaze Gaza tornou a luta pelos direitos queer menos urgente para muitos palestinos LGBTQ+. "Para mim agora, 6️⃣ deve ser levantada uma bandeira palestina", disse Daoud à Reuters WEB

O histórico de Israel sobre os direitos LGBTQ + inclui 6️⃣ a proibição da discriminação baixar blaze razão do sexo, o reconhecimento estrangeiro casamento entre pessoas homossexuais (embora não tenha sido legalizado 6️⃣ lá) e permitindo que casais gays para adotar.

Israel ocupa o 50o lugar no ranking mundial, com 146a posição baixar blaze todo 6️⃣ mundo e atos sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo legais na Cisjordânia mas não de Gaza.

Mas...

a ideia de que 6️⃣ Israel serve como um refúgio regional para as comunidades gays parece particularmente cruel e hipócrita,

Ativistas e acadêmicos disseram, baixar blaze um 6️⃣ momento no qual a população LGBTQ+ de Gaza não tem mais refúgio das bombas israelenses do que qualquer outro palestino.

"Não 6️⃣ há 'porta rosa' na parede para que os palestinos gays deixem Gaza e vivam baixar blaze Israel", disse Ayoub, da UCL.

"A 6️⃣ retórica israelense só torna ainda mais difícil para os palestinos LGBTQ, porque reforça a ideia de que o estranheza não 6️⃣ existe baixar blaze nenhum outro lugar... Apaga-se do fato da existência dos ativistas palestinianos.

Apesar de Covid, milhares marcharam durante o Orgulho 6️⃣ 2024 baixar blaze Tel Aviv.

: Jack Guez/AFP e Getty

Imagens

Mesmo para a maioria judaica na comunidade LGBTQ+, o histórico de 6️⃣ Israel sobre direitos iguais é superado porbaixar blazepropaganda oficial.

"A Palestina é uma sociedade patriarcal e homofóbica, mas também Israel. 6️⃣ Há mais direitos queer baixar blaze Jerusalém do Que outros países no Oriente Médio ainda são limitados - não se 6️⃣ trata de um grande sucesso", disse Ayoub

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skip promoção newsletter passado

após a promoção da newsletter;

Há um longo e bem documentado registro 6️⃣ dos serviços de segurança israelenses explorando a sexualidade LGBTQ+ palestinos na Cisjordânia ocupada, com resultados devastadores.

"Durante o meu curso de 6️⃣ treinamento baixar blaze preparação para a minha função neste papel designado, nós realmente aprendemos memorizar e filtrar palavras diferentes por 'gay' 6️⃣ no árabe", testemunhou um membro do corpo da inteligência israelense há uma década.

"Se você é homossexual e conhece alguém que 6️⃣ sabe de uma pessoa procurada, Israel vai tornarbaixar blazevida miserável."

No ano passado, um palestino de Nablus foi executado publicamente. 6️⃣ Ele confessou colaboração com a agência nacional israelense Shin Bet s inteligência dizendo que eles usaram o

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dele fazendo 6️⃣ sexo para chantageá-lo baixar blaze informar sobre isso

Os palestinos LGBTQ+ sofrem discriminação e abuso generalizados tanto baixar blaze público quanto nos ambientes 6️⃣ familiares dos territórios ocupados, dizem grupos de direitos humanos.

Mas aqueles que se contrabandeiam através do muro de separação para Israel 6️⃣ dos territórios ocupados baixar blaze busca por um ambiente mais amigável aos gays muitas vezes encontram hostilidade racista, burocracia burocrática e 6️⃣ estado da vulnerabilidade a longo prazo.

Palestinos queer buscando asilo baixar blaze Israel são regularmente impedidos de cuidados médicos e autorizações negadas. 6️⃣ Eles lutam para acessar abrigo, portanto enfrentam abuso ou exploração - uma "vida do inferno" documentada num relatório da revista 6️⃣ +972.

A segunda imagem de Yoav Atzmoni do post no Instagram, baixar blaze novembro 2024.

: stateofisrael/instagram

Muito antes da guerra atual, Daoud percebeu 6️⃣ que tinha pouco baixar blaze comum com a maioria dos judeus israelenses gays. Ele lembra de trazer palestinos transgêneros do ocupado 6️⃣ Cisjordânia para o praiar

A maioria tinha passado a vida apenas uma hora de carro do Mediterrâneo, mas foram impedidos por 6️⃣ restrições israelenses para viajar às suas costas. Alguns deles estavam baixar blaze lágrimas ao ver o mar pela primeira vez!

"Eu pensei: 6️⃣ 'O que tenho baixar blaze comum com os gays cuja luta é poder ter seus parceiros da Alemanha ou Espanha para 6️⃣ morar aqui quando eu nem sequer posso trazer meu parente [dos territórios ocupados]?'", disse ele.

A guerra baixar blaze Gaza apenas aguçou 6️⃣ para ele um entendimento de que, mesmo se os palestinos gays não enfrentassem problemas tão radicalmente diferentes? há pouco espaço 6️⃣ pra uma luta conjunta com judeus israelenses porque mais valorizam seu privilégio num estado judeu sobrebaixar blaze"compartilhada" estranheza.

Muitos judeus 6️⃣ baixar blaze Israel ancorarambaixar blazereivindicação de igualdade na disposição deles para servir o Estado e morrerem nas suas campanhas militares, 6️⃣ dirigidas principalmente contra os palestinos.

Na verdade, eles estão dizendo: "Estamos dispostos a participar da opressão dos palestinos para que [o 6️⃣ Estado] não nos oprima", disse ele.

Yahli, uma mulher judia transgênero que no dia do Orgulho de Tel Aviv se juntou 6️⃣ a um protesto anti-guerra sob o grito "Sem lavagem sanguínea baixar blaze nosso nome", compartilha essa crítica da comunidade LGBTQ+ mainstream 6️⃣ israelense.

"Muitas pessoas na comunidade queer são atraídas para a ideia de ganhar aceitação por serem nacionalmente úteis e submissas ao 6️⃣ estado", disse Yahli. “Não porque somos seres humanos, mas sim pelo fato do nosso serviço”.

Essa visão de identidade nacional queer 6️⃣ foi proeminente no Pride, baixar blaze Tel Aviv este mês. O desfile habitual era cancelado para um concerto à beira-mar mudo 6️⃣ e incluía pedidos pela libertação dos reféns da celebração do serviço militar israelense gay mas não havia menção a civis 6️⃣ palestinos mortos na Faixa...

Entre as histórias compartilhadas no evento, estava a decisão de uma mulher transgênero não mudarbaixar blazeidentidade 6️⃣ oficial para que ela pudesse servir nas reservas e lutar baixar blaze Gaza.

Morcos é confundido por israelenses que descrevem seu país 6️⃣ como um paraíso democrático para a comunidade LGBTQ+ baixar blaze uma região hostil, particularmente quando tolerância real raramente se estende além 6️⃣ dos limites de Tel Aviv dizendo: "Como você pode gabar-se dabaixar blazedemocracia pelos gays e lésbicas?

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