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16/02/2024 03h31 Atualizado 16/02/2024
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Para surpresa de ninguém, deu errado 💯 o plano da Ferj de deixar os clubes escalarem os árbitros que apitam os clássicos do Campeonato Carioca. Depois de 💯 aceitar que falhou ao atrair o público do próprio Estado para seu torneio e permitir a realização de vários jogos 💯 a milhares de quilômetros do Rio de Janeiro, a Ferj também se declarou incapaz de escolher quem apita as partidas. 💯 Para que serve um campeonato se quem o organiza não decide onde serão as partidas e não escala nem os 💯 árbitros? A resposta visível está nos borderôs das partidas, na coluna de despesas, na linha “taxa Ferj”. Há outras respostas, 💯 invisíveis.
Por outro lado, é até possível compreender a decisão da federação de entregar a arbitragem aos clubes. Afinal eles também 💯 envenenam o ambiente com tanta indignação seletiva, com as seguidas “notas de repúdio” e as ridículas listas de “árbitros vetados”. 💯 Então ficamos assim: se os clubes avaliam que ninguém presta, se suspeitam que a Federação existe para prejudicá-los, então que 💯 cheguem num consenso e escolham os árbitros. Mas o que se viu na noite de quarta-feira no Maracanã, no jogo 💯 entre Fluminense e Vasco, confirmou os piores temores. Ficou evidente que os clubes, incapazes de se unirem até para defender 💯 as pautas comuns mais básicas (calendário, gramados, violência, uma liga única...) não seriam bons gestores de arbitragem.
É difícil dizer o 💯 que é causa e o que é consequência aqui: se é o comportamento belicoso da cartolagem que transborda para o 💯 campo ou se são os exageros do campo que contaminam quem deveria ter cabeça fria para tratar do negócio. Por 💯 mais contestáveis que tenham sido as decisões de Bruno Mota Correia — o árbitro escolhido em apostas futebol online comum acordo entre 💯 Fluminense, Vasco e Ferj —, não é razoável trabalhar sob o tipo de pressão e ameaça física a que ele 💯 foi submetido.
É chocante ver Fernando Diniz, um técnico que faz tão bem ao futebol por suas ideias arrojadas, se comportar 💯 tão mal na beira do campo. Ainda não há, no futebol brasileiro, jogador que veja um cartão vermelho e se 💯 dirija imediatamente para o vestiário. O primeiro recurso é sempre cercar o árbitro, insultar, fazer gestos dramáticos. Por mais que 💯 se saiba que a decisão tomada naquele lance específico não será revista, os efeitos desse teatro sempre podem perdurar. E 💯 aí tem-se outro círculo vicioso: o árbitro mal preparado tende a errar mais se estiver sob pressão, o que naturalmente 💯 vai irritar os jogadores (e as comissões técnicas), que vão reclamar mais, o que vai levar a mais erros, o 💯 que vai gerar novos protestos.
Obviamente este não é um problema exclusivo da Federação do Rio de Janeiro. Disputado horas antes 💯 do clássico carioca, o jogo entre São Paulo e Santos, no Morumbi, também teve a arbitragem como protagonista. O Santos 💯 usou outro truque manjado: reclamou da árbitra Edina Alves antes mesmo da partida. Como não poderia deixar de ser, o 💯 São Paulo entendeu que ela entrou “condicionada” pela pressão prévia e beneficiou o Santos. Estão todos errados. Deveriam querer fazer 💯 parte da solução. Hoje todos os lados se esforçam para ser parte do problema.
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