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Por Ana Canhedo e Bruno Gutierrez 📉 — Santos, SP
13/04/2024 04h00 Atualizado 13/04/2024
A estrutura de formação de jogadores do Santos está atrasada, obsoleta. 📉 Essa é a avaliação de José Renato Quaresma, novo diretor das categorias de base na gestão de Marcelo Teixeira. Na 📉 visão dele, a atual diretoria, de volta após 14 anos, recebeu um setor bem pior do que deixou lá atrás.
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E para mudar isso, Quaresma tem focado bastante no investimento em jogo do peixe na blaze melhorias, mas 📉 também na parte disciplinar. Tanto que adotou diretrizes que proíbem jogadores de cabelos pintados, por exemplo.
– Não tem mais cabelo 📉 pintado no Santos. Por que você criou isso? Porque são todos iguais. Não vai ser diferenciando por cabelo loiro ou 📉 não no jogo. Vamos criar regras – disse o dirigente.
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Parte das principais negociações do futebol brasileiro nos últimos tempos, como 📉 as vendas de Neymar, Gabigol, Rodrygo, Ângelo, Deivid Washington e Marcos Leonardo, partiu de atletas revelados pela equipe. E o 📉 novo diretor quer aumentar esse leque, por considerar o Peixe um clube vendedor.
Em entrevista exclusiva ao ge, Quaresma explica mais 📉 ainda sobre as medidas iniciais adotadas, fala do processo de reestruturação e a necessidade da geração de receita própria para 📉 que a base não seja dependente do futebol profissional. Leia o papo abaixo:
José Renato Quaresma, diretor das categorias de base 📉 do Santos —
: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
Como você encontrou a base do Santos?
– O presidente falou que não 📉 tínhamos que olhar pelo retrovisor. Eu queria deixar alguns pontos. A base foi encontrada de uma maneira pior estruturalmente do 📉 que quando ele entregou em jogo do peixe na blaze 2010. Esse é o primeiro fator negativo que temos. Segundo é que não tivemos 📉 um crescimento de patrimônio na base. Hoje, qualquer base precisa de oito campos para poder treinar e fazer uma divisão. 📉 Inclusive, com aumento das categorias. O Santos não teve isso. Temos que readequar um monte de coisas fora a parte 📉 estrutural de atletas.
– A academia da base continua a mesma desde 2010. Um puxadinho. Infelizmente, temos que ser transparentes nisso 📉 porque é nossa realidade. Temos que ter humildade de fazer um trabalho, não depreciando quem passou, que será julgado pelo 📉 que deixou. Temos que fazer, a partir de hoje, tocar para frente. Estamos buscando várias alternativas. Conseguimos já um ônibus 📉 para a base em jogo do peixe na blaze troca de permuta. Isso é importante. E perguntamos: por que nunca teve isso?
Quais as primeiras 📉 medidas adotadas?
– Chegamos colocando algumas diretrizes na base para criar cidadãos no primeiro plano, atletas no segundo plano e pessoas 📉 do bem para participar desse processo todo. Algumas situações que nós colocamos para atletas, treinadores, comissão técnica. Os cumprimentos de 📉 diretrizes e regras.
– Por exemplo, uma das situações foi o corte de cabelo pintado. Não tem mais cabelo pintado no 📉 Santos. Por que você criou isso? Porque são todos iguais. Não vai ser diferenciando por cabelo loiro ou não no 📉 jogo. Vamos criar regras. Horário de treino é às 9h? Não é 9h05, 9h10 como estavam acostumados a chegar. Nós 📉 reativamos uma alimentação mais forte aos jogadores. É obrigatório ele passar e ter as refeições no clube.
– Aqueles que estão 📉 alojados pelo clube, que não tem uma condição ainda totalmente favorável de se alimentar em jogo do peixe na blaze casa, eles fazem a 📉 alimentação no clube. Nós estipulamos café da manhã, almoço, jantar e o lanche da noite para que os atletas tenham 📉 condições de alimentação. Esse foi um dos problemas que detectamos rápido. Os atletas do Santos estavam um nível mais baixo 📉 em jogo do peixe na blaze questão física por conta de uma estrutura de musculação, de treinamento um pouco mais inadequada e alimentação. Começamos 📉 a trabalhar nisso favorecendo o atleta.
– Chamamos todas as famílias do sub-11 ao sub-20 no Santos. Repassamos as novas regras, 📉 que tem ser um trabalho feito no clube e família. Por exemplo, o corte do hambúrguer no fim de semana, 📉 três, cinco vezes na semana. Isso não é pra atleta, é pra jogador de futebol. O que eles querem ter? 📉 Um jogador de futebol ou atleta em jogo do peixe na blaze casa? Jogador de futebol vai jogar na praia de sábado. Atleta tem 📉 que seguir regras. Ele precisa saber que ele é profissional, um ativo de clube para que ele possa dar valorização 📉 a ele próprio, ao clube e consequentemente para a família dele. Todas essas mudanças que começamos a fazer foram muito 📉 bem aceitas pelas famílias. Elas entenderam que nota vermelha na escola não vai treinar no Santos, vai ficar rodando em 📉 jogo do peixe na blaze volta do campo.
– O atleta precisa entender que tem de estudar. Precisa ter um nível diferente. O estudo desenvolve 📉 a capacidade mental. São pequenas regras que parecem que foram esquecidas e que nós estamos readequando, trazendo para o clube 📉 onde nosso presidente é um presidente de instituição de ensino. Ele nos colocou isso. Vocês podem ter aqui vários craques, 📉 mas o coletivo é o principal. Se sobressai o craque no coletivo. Mas, principalmente, o estudo, a educação, o cidadão. 📉 Em cima disso estamos fazendo alguns projetos sociais visando essa possibilidade.
Você falou sobre uma condição estrutural encontrada pior do que 📉 15 anos atrás...
– Chegamos lá com vestiários totalmente detonados, sem funcionar banheiros, cadeira quebrada. Falta de condições mínimas. No Meninos 📉 da Vila tem tela de arame que fura a bola. São projetos que precisamos adequar para não ter perda de 📉 valores também. Se você num treino perder cinco, seis, sete bolas, você é obrigado a gastar dinheiro comprando bolas. Readequamos 📉 algumas coisas. O trabalho de suplementação dos atletas, novamente, foi retomado com uma ênfase maior. Nós temos atletas bons na 📉 base, promissores, de qualidade, mas que não estão preparados ainda para subir de categoria por falta de capacitação, de uma 📉 condição mais física, mais de desenvolvimento do atleta.
– Vamos buscar isso agora também. Trazer ao atleta uma condição muito melhor 📉 do que ele tinha. Se ele tem capacidade no futebol, com a condição física melhor ele vai ter uma capacidade 📉 também de trabalhar e subir de categoria. Só temos qualificação do atleta a partir do momento que coloca para jogar. 📉 Também retomamos todos os campeonatos. Alguns não estávamos participando. Campeonato de interesse nível nacional, estadual, o Santos tem que participar. 📉 Voltar a colocar todo mundo em jogo do peixe na blaze combate com grandes clubes e entender qual é o grau que estamos neste 📉 contexto.
A atual gestão optou por manter as comissões que já estavam trabalhando nas categorias de base...
– Medida adotada por mim. 📉 Onde passo digo que todo mundo merece ajogo do peixe na blazeoportunidade. Vamos dar chance para todas as comissões trabalharem e, aí 📉 sim, vamos começar dentro da nossa gestão a fazer a avaliação dos profissionais junto com esses atletas. Todos sabem que 📉 estão sendo avaliados, que tem de mostrar a partir de agora uma situação diferente. O antes acabou. Nós tocamos a 📉 partir de agora. É um novo momento, uma nova história. Quer participar dela? Faça seu melhor. Os 100% todo mundo 📉 pede, a gente quer 120%. Todo mundo tem que dar um pouco mais de si. Esse é o contexto que 📉 estamos adotando na base. Com mudanças, inclusive, na área pedagógica, de assistência social.
– Um trabalho mais efetivo de campo, com 📉 direcionamento nas famílias, nos atletas, no estudo. Tivemos apresentação no Colégio Primo Ferreira de todos os atletas que foram incorporados 📉 na nova gestão de estudo. Voltamos com esses processos e vamos cobrar. Isso é inegociável. São situações que trouxemos para 📉 dentro do clube mudando e levando o Santos para ter uma nova conexão com essa base nacional e mundial que 📉 todos esperam poder, de repente, ter no futuro alguns craques para o time profissional.
Você comentou sobre parte física que estava 📉 estagnada. Jair e Enzo Monteiro são exemplos que precisaram passar por um trabalho de readequação?
– Perfeito. É isso. Não só 📉 eles como os demais também. Existem alguns problemas que detectamos e que precisamos consertar muito rápido. Tenho conversado com o 📉 presidente, e ele tem se colocado à disposição de nos apoiar nessas mudanças. Por exemplo, temos treinamentos do sub-20 sendo 📉 realizados no gramado sintético. O que acontece? Você intensifica muito a carga física e traz lesões ao jogador porque é 📉 um campo mais duro. Você jogar uma vez ou duas no sintético é uma coisa. Você treinar todo dia nele 📉 chega num limite onde o jogador fica mais extenuado que o normal. Quando você pega esse extenuado dele, se você 📉 vai para o campo normal, ele tem ainda mais 20%, 30% de capacitação que você não consegue colocar no campo 📉 sintético.
Tem ideia de tirar os jogos do sub-20 também do campo sintético do CT para levar à Vila?
– Temos que 📉 arrumar campo. Vamos ter que arrumar campo. Não tem como. Essa é uma situação que detectamos agora e que já 📉 vinha havia muito tempo. Será que não detectaram antigamente? Não falo da última gestão. Falo de todas as gestões até 📉 transformar esse campo em jogo do peixe na blaze sintético. Sintético porque nós não temos campo. Não tem campo, você sobrecarrega. Se você tem 📉 ele de grama, ele não aguenta. Essas conexões precisam ser mudadas. Na hora de mudar o campo para sintético deveriam 📉 pensar que precisaria ter um outro campo natural para o sub-20.
Treinar na Vila Belmiro, de repente?
– Não. Não dá porque 📉 você estraga o campo. Difícil. O Santos passou desde que o Marcelo entregou, de 2010 para cá, as situações dos 📉 campos, do CT, o Santos está 14 anos atrasado porque nós não temos campo. Nós temos o Meninos da Vila, 📉 que tem dois campos, e nós temos o CT Rei Pelé, que tem três campos. Dois são usados pelo profissional. 📉 Sobra um que é sintético para base. Onde treina o feminino, o masculino. Lá no Meninos da Vila treinam masculino 📉 e feminino dividindo horários. Sai um e tá entrando o outro. Você parou no tempo.
– Teve a venda do Rodrygo 📉 e outras várias durante esse período e não foram buscar montar um centro de treinamento. Isso é prioridade para o 📉 presidente também. Ele tem falado muito com a gente. Lógico que tudo isso requer um tempo de análise de projeto, 📉 de estrutura. Temos três locais para colocar esse CT. Um local com tratativas bem adiantadas. Um local grande, que daria 📉 para fazer 140 a 150 mil metros quadrados de CT. Estamos trabalhando em jogo do peixe na blaze cima disso e precisamos de investimentos.
– 📉 Inclusive, existe um projeto de incentivo a esportes olímpicos e em jogo do peixe na blaze base, onde convocamos empresas para nos ajudar nisso. 📉 Nós temos muitos santistas aqui, as empresas do porto. Nós, convocando essas empresas, conseguiríamos fazer. O Flamengo consegue uma captação 📉 aproximada de R$ 90 milhões ao ano. O Santos consegue R$ 1,2 milhão ao ano, com o potencial que nós 📉 temos na cidade de trazer esse dinheiro, que não é de empresas, é de imposto de renda.
– Esse dinheiro pode 📉 nos ajudar muito a construir esse novo CT, mas isso é urgente. As empresas podem nos ajudar fazendo uma antecipação 📉 do imposto de renda para nós. Ano que vem eles descontam isso no imposto deles. E a gente, com esse 📉 dinheiro, trabalha o novo CT, que é nosso projeto também. Tudo isso está em jogo do peixe na blaze andamento. Tudo isso requer um 📉 tempo de estudo, de projeto, mas está acelerado. Isso eu posso adiantar para que o Santos tenha um futuro bem 📉 melhor.
A última gestão tentou aprovar um projeto para a base em jogo do peixe na blaze Praia Grande. Seria esse projeto?
– É um dos 📉 projetos. Ele pode ser retomado. Só que lá nós só teríamos cinco campos. O projeto de 150 mil metros quadrados 📉 é em jogo do peixe na blaze São Vicente. Temos a possiblidade. Esse da Praia Grande o projeto é bem bacana, mas são cinco 📉 campos. Hoje o Santos necessita de, no mínimo, oito campos.
Projeto do CT da base do Santos em jogo do peixe na blaze Praia Grande 📉 —
: Reprodução
Esse CT ficaria a base e liberava o Meninos da Vila para o feminino?
– Pode ser. Esse seria 📉 toda a estrutura de base.
A base tem quantas categorias hoje?
– No campo começou do sub-7 até o sub-20. Muitos atletas 📉 estavam saindo da base, bons atletas, porque os times da capital têm campo. Os times do ABC têm campo nessas 📉 categorias. O menino não quer jogar só futsal. Ele quer jogar campo. Os pais estavam levando os meninos para lá. 📉 Nós estudamos a viabilidade e tivemos que aumentar. Dentro da estrutura pequena que temos, nós tivemos que acrescentar. Além disso 📉 temos o sub-12 e sub-14. Estamos fazendo uma reestruturação toda em jogo do peixe na blaze questão de logística, de capacitação. Não podemos ter 📉 hoje, por exemplo, um treinador que faça sub-11 e sub-12. Não dá. Então, o auxiliar do sub-11 vai para o 📉 sub-12. O auxiliar do sub-13 vai para o sub-14. Nós fizemos um mecanismo para que possamos fazer o projeto.
– Essa 📉 reestruturação é que vai dar continuidade ao atleta para que ele possa se formar. Esse ano começamos a fazer exames 📉 médicos na volta das férias. Todos passaram. A base vai passar a ter, até o sub-15, o Catapult, monitor. Vai 📉 ter para medição dos atletas. Se você não fizer investimento na base, você não tem atletas. O Santos não é 📉 um clube comprador, ele é vendedor. Ele é formador. Forma atletas para vender. Se for competir com outras instituições que 📉 tem meios de arrecadação maior, onde o Santos tenha que, por exemplo, só comprar jogador, não vai se sustentar. Você 📉 precisa formar, e sempre foi o histórico do Santos.
– Hoje você tem times de expressão, mas que não têm a 📉 grandeza do Santos, e que tem condições muito melhores. Hoje temos centros de treinamento sem um clube, mas que tem 📉 mais estrutura que o Santos. Precisamos mudar essa cara.
Existe a possibilidade de reativação do sub-23, o time B?
– Não é 📉 a ideia no momento. No sub-23 entendemos que é um dinheiro que fica morto lá. Nosso pensamento é colocar o 📉 sub-20 direto no profissional. Esse meio de ligação, ter jogadores aqui não é bom para o jogador e para o 📉 clube. Vira o jogador que não serve para o profissional, mas não pode estar no sub-20. Fica lá parado. Às 📉 vezes, não serve ao Santos, mas serve bem para outros clubes. Mas tem contrato e fica aqui. Logicamente que, como 📉 ser humano, o atleta tem uma queda mental. É normal. Mas não podemos fazer aqui um banco de depósito. O 📉 que precisamos trabalhar é a ligação do sub-20 com o profissional. O que já está acontecendo.
Como será essa ligação entre 📉 o sub-20 e o profissional?
– Alguns estágios estão sendo feitos. Nós vamos fazer esse estágio de alguns que vão para 📉 o profissional treinar, sentir e descem. É o caso do Chermont. Ele subiu, teve oportunidade, foi bem e tem grande 📉 potencial. Está totalmente preparado? Lógico que não. Ele tem um potencial muito grande. Mas ainda não está preparado. Não sei 📉 se na Série B é hora de lançar o menino em jogo do peixe na blaze jogos mais difíceis, jogos físicos. Mas é um 📉 atleta com uma projeção para o final do ano muito boa.
– Você ter um baita lateral. O Souza é outra 📉 promessa. O Miguelito, Hyan. Você tem jogadores com potencial de estarem lá. Precisamos trabalhar esses atletas ainda no sub-20. O 📉 Santos tinha estágio muito rápido de tentar levar e o jogador não dar certo. Exemplo é o Patati. Ele foi 📉 para o profissional sem estrutura, sem acompanhamento, sem base. Coloca ele para jogar e não dá certo, volta para o 📉 sub-20. Daqui a pouco o menino está na cabeça que não serviu.
O Patati foi um jogador que viajou com o 📉 time alternativo para o Catar e, hoje, está sendo utilizado pelo Carille no profissional...
– Eu levei o Patati para o 📉 Catar e ele arrebentou. O time do Zenit, por duas vezes, levantou do banco de reservas para aplaudir jogadas que 📉 ele fez. Ele serve para o Santos, mas o momento dele entrar, de ganhar confiança. O jogador precisa ter o 📉 psicológico forte nesse aspecto. É um outro trabalho que estamos fazendo no clube também. A parte de estabilidade do atleta 📉 porque nessa idade eles oscilam muito. É um projeto que parece mega gigante, mas não. É um trabalho já direcionado, 📉 chegamos já sabendo o que teria que ser feito. Patati subiu novamente mais equilibrado. Os jogos do Catar trouxeram esse 📉 equilíbrio. Na intermediária ele não tem que perder energia. Tem que perder energia da intermediária para dentro da área. Você 📉 vai adequando.
– O Carille entendeu isso, levou ao profissional e ele tem entrado bem. Chermont foi colocado na posição dele 📉 de lateral, como um ala chegando. Ele é um atleta de grande potencial. Vocês viram o Souza quando estreou. Jogou 📉 15 minutos e impressionou. Ele é tipo o Serginho, que jogou no São Paulo. Ele dá o tapa na bola, 📉 passa. Mas está preparado? Não. Não estamos conseguindo atingir esse nível para colocar no profissional, mas o nível que eles 📉 estão no sub-20 também não é o adequado. Nós precisamos melhorar essa situação.
Weslley Patati, Lucas Veríssimo e José Renato Quaresma 📉 durante viagem do Santos ao Catar —
: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
O Santos apostou na contratação de jogadores estrangeiros 📉 (boliviano Fernando Nava Ortega, o volante venezuelano Nicola Profeta e o meia colombiano Alejandro Villareal) para a base. Por quê?
– 📉 Primeiro que o mercado nacional está caro. O Santos, hoje, não tem dinheiro para ir ao mercado dessa maneira agressiva 📉 como vai o Palmeiras, o Flamengo, o Atlético-MG. É uma realidade que precisamos entender. Nós temos a agressividade da camisa. 📉 Nessa posição de sub-17, um ponto favorável é que o Santos sobe jogador. Isso favorece muito também quando a gente 📉 chega no atleta e quer trazer. Vamos dizer que nosso sarrafo subiu na base. A qualidade que exigimos para vir 📉 para o Santos é maior do que estava. Temos que trazer jogador de potencial. Para chegar e jogar ou fazer 📉 parte daqueles que estão jogando. Não está no time titular, mas entra todo jogo, participa.
O Santos pensa em jogo do peixe na blaze uma 📉 padronização de estilo de jogo da base ao profissional?
– Não é padronizar. Mas remodelar o estilo de jogo. Qual a 📉 característica do Santos? Um time agressivo, marcando alto, não deixando o adversário respirar na Vila, um time que vai pra 📉 cima. Esse é o estilo? É. Não dá para você pegar um sub-13 com um time que seja mais pesado, 📉 forte. Você remodela o estilo de jogo que você quer e vai adequando as peças que tem na base, e 📉 modelando o estilo de jogo. Hoje você precisa de 4-3-3, o mais clássico do Santos. Mas precisa que hoje, além 📉 dele atacar, também precisa marcar. É remodelar estilo buscando o que você precisa pra cima. Não é falar para o 📉 cara vai jogar no 4-3-3, mas os pontas só marcam. E o meio de campo nunca chega.
– Isso é uma 📉 estrutura de hoje. Isso começou muito no futebol europeu. Nessa viagem que fizemos ao Catar, o estilo de jogo do 📉 Zenit, da equipe do Catar e principalmente do time chinês, que era dirigido por um russo, é o mesmo estilo 📉 de toque. É o que a seleção inglesa jogou contra o Brasil. Você fica tocando na primeira linha. Rompeu essa 📉 primeira linha de ataque, começou a entrar, você afunila toque rápido e vem a condição individual do atleta de passar, 📉 de fazer um drible, tentar entrar na área. Mas ele é muito mecanizado. O time do Zenit é muito bem 📉 montado, mas nesse estilo. Você não vê o Claudinho partir para cima do cara no meio de campo. Ele não 📉 gasta essa energia. Ele pega a bola, toca em jogo do peixe na blaze um, no outro. Quando abrir o espaço ele vai usar 📉 a capacidade de atleta que entra pela diagonal, fazendo o facão. Esse mecanismo é que precisa ser ensinado. Isso tem 📉 que ser repensado.
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Nos próximos anos é possível 📉 o Santos revelar jogador do porte de um Rodrygo, Neymar?
– O futebol mudou. A tendência é que o Santos revele 📉 ótimos jogadores. O nível deles vai depender muito do jogador. Se ele quer ser um atleta ou jogador de futebol. 📉 Se a família quer ajudá-lo a ser atleta com a alimentação, cobrando estudo, disciplina. O atleta precisa ter mais disciplina 📉 hoje do que antigamente. Hoje ele não é craque só por ter o dom. Ele precisa ter a parte física 📉 forte. Se não tiver condicionado, ele não aguenta. Pode ser craque, não aguenta a pancadaria. Por isso, a própria Europa 📉 restringe o contato físico. O jogo não é de contato físico, é de encontro. Na hora que a bola está 📉 numa dividida, que eu posso interceptar, às vezes pego esse encontro. Mas não tem mais aquele negócio que tinha antigamente 📉 de o cara ir para cima do outro, tomar uma finta. Isso é mais difícil na Europa. No Brasil ainda 📉 estamos nesse estilo, da pegada, de querer marcar. Eles marcam tipo basquete, na zona.
E o Kauan Basile, de 11 anos, 📉 tem futuro?
– É uma promessa. Quantos você viu no sub-10, sub-11, sub-12 que passaram pelo clube e não deram em 📉 jogo do peixe na blaze nada na frente. Depende de estrutura familiar, do clube, mental. Ele não pode ser mais do que ninguém e 📉 entender. O Neymar só foi mais que todo mundo quando estourou no profissional com toda a capacidade dele. Hoje o 📉 moleque com 11 anos, e não estou falando do Kauan, mas ele quer ser mais, quer mostrar que ele tem. 📉 Às vezes um jogador mediano com 13, 14 anos, ele estoura com 17 anos. Às vezes um jogador muito craque 📉 não consegue evoluir. Ele para, estagna. Problemas familiares, pessoais, sem objetivos na vida. Isso tudo faz diferença para o atleta.
– 📉 Na vida de todo mundo, mas para o atleta muito mais. Precisa ter muito cuidado. Esse cuidado é preservar os 📉 princípios do que o garoto é. O Kauan é diferenciado? É diferenciado. Até onde vai esse start dele de ser 📉 diferenciado. Na hora que ele pegar uma competição em jogo do peixe na blaze que ele está com 20 anos e as pessoas com 📉 26, 27 anos. Será que desenvolve? Essa é a diferença. Mesmo nível é uma coisa. A gente vê outros diferenciados 📉 na base, mas é segredo de base (risos). Teremos trabalhos específicos, conversados com família. Você precisa lapidar, trabalhar.
Kauan Basile durante 📉 jogo do time sub-11 do Santos —
: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC
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O sub-17 é uma categoria chave?
– O sub-15. O sub-17 ele já tem que estar desenvolvido para tentar beliscar o 📉 sub-20. O cara tem que ter vontade de querer jogar, subir, estar com os companheiros. Hoje falta um pouco de 📉 coletividade, que estamos cobramos. É muito individualismo. Temos que cobrar um pouco dessa coletividade.
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