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Por Zaia Angelo, Talia Santos, Bruna Yamaguti, João Raimundo, TV Globo e cbet plataforma de jogos DF

21/12/2023 19h10 Atualizado 🏵 21/12/2023

Em uma série de reportagens até sexta-feira (22), vamos falar sobre a descoberta da transexualidade ainda na infância; os desafios 🏵 de adolescentes que estão em fase de transição; e por fim, sobre hormonização e cirurgias de redesignação de sexo.

Victor Lucca 🏵 de Souza, de 17 anos; Pedro Rafael Anselmo, de 16 anos; e Gabriela dos Santos, de 16, falam sobre os 🏵 desafios que enfrentam diariamente desde que iniciaram o processo de transição de gênero.

Especialistas ressaltam importância de acompanhamento profissional e apoio 🏵 da família em todos os processos.

Adolescentes transexuais falam sobre desafios do processo de transição de gênero

“É muito difícil você não 🏵 se sentir bem no lugar que você tá. Então quando eu vi as pessoas juntas, todo mundo fazendo amizade e 🏵 eu sentindo que as pessoas tinham receio de ser meus amigos, me senti isolado”, relata Victor Lucca de Souza, de 🏵 17 anos.

“Eu achava que era coisa da minha cabeça, que tinha alguma coisa errada. Eu não vou mentir, foi assustador, 🏵 porque eu não sabia o que estava acontecendo”, diz Pedro Rafael Anselmo, de 16 anos.

“Eu sentia que eu não estava 🏵 sendo eu mesma, me sentia muito presa, eu buscava aquilo e não encontrava”, afirma Gabriela dos Santos, de 16 anos.

Victor, 🏵 Pedro e Gabriela são adolescentes transexuais. Eles relatam as dificuldades que têm enfrentado, tanto na escola, quanto no próprio processo 🏵 de entender a si mesmo e a transição de gênero (veja



acima).

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Em uma série de reportagens até sexta-feira (22), vamos falar sobre a descoberta da transexualidade ainda 🏵 na infância; os desafios de adolescentes que estão em fase de transição; e por fim, sobre hormonização e cirurgias de 🏵 redesignação de sexo.

Leia aqui a primeira reportagem da série: 'Mamãe, me chama de filha só hoje': famílias de crianças trans 🏵 falam sobre descoberta da identidade de gênero na infância

“A grande questão do adolescente é poder ser ouvido. À medida em 🏵 que eles conseguem ser ouvidos, tanto por um profissional de saúde, quanto pela família que acompanha, eles conseguem de uma 🏵 forma muito mais saudável organizar a percepção sobre o próprio corpo e a própria identidade”, explica o psicólogo clínico Ernesto 🏵 Nunes Brandão.

O Victor, o Pedro e a Gabriela são alguns dos adolescentes que frequentam hoje o “adolescentro” – ambulatório da 🏵 rede pública que funciona na Asa Sul, referência no atendimento de saúde mental de adolescentes entre 12 e 18 anos 🏵 no Distrito Federal.

O coordenador do grupo de diversidade do Adolescentro, Luiz Fernando, é muito comum que jovens transexuais sofram com 🏵 preconceitos e, por isso, ressalta a importância do acompanhamento profissional para amparar estes adolescentes.

“A pessoa que não é cisgênero não 🏵 é um adoecimento, só que em função da nossa sociedade, dos preconceitos, dos bulllings, esses meninos e essas meninas sofrem 🏵 muito. Então a gente recebe essas pessoas, temos dois psicólogos, uma assistente social, eu que sou médico de família, uma 🏵 médica ginecologista e um endocrinologista”, explica.

'Mãe, que banheiro eu uso?'

Jovens trans falam sobre processo de transição de gênero e preconceitos

Pedro 🏵 Rafael conta que, emcbet plataforma de jogosprimeira de transição, perguntou para a mãe qual banheiro deveria usar. "Boa pergunta", ela respondeu, 🏵 segundo ele.

"Nem eu sabia se eu podia ser trans, depois eu fui descobrindo, agora eu vou no banheiro masculino, eu 🏵 sou homem", diz Pedro.

Já Gabriela relata que passou por uma situação complicada emcbet plataforma de jogosescola. Algumas alunas falaram que não 🏵 se sentiam confortáveis com ela e outra menina trans usando o mesmo banheiro que elas.

"E aí elas fizeram reclamação para 🏵 a coordenadora da escola, deram opção da gente usar o banheiro masculino ou de funcionários, e a gente não aceitou. 🏵 Nesse protesto juntou eu com o pessoal lá da sala, fizemos camisetas, separamos bandeiras e fizemos cartazes", conta.

Para Victor, a 🏵 questão de poder ou não usar o banheiro do gênero que se identifica não deveria ser tão difícil. "Eu acho 🏵 meio ridiculo, porque é uma coisa tão simples e as pessoas fazem alvoroço. A gente só quer ter o direito, 🏵 como toda pessoa, de ir ao banheiro", diz.

"Eu me sinto desrespeitado pelo fato de não ter o mínimo, as pessoas 🏵 não dão o mínimo, não se colocam no lugar do outro", afirma o jovem.

'Transicionar o afeto'

Alcelina Pereira, mãe do Victor, 🏵 desabafa que, as dificuldades enfrentadas pelo filho, também doem nela mesma. Ela conta que Victor está estudando sozinho em casa, 🏵 porque não conseguiu se adaptar no colégio.

"O que dói mais pra gente que é pai é que querem que meu 🏵 filho entre no banheiro de mulher, sendo que meu filho o gênero dele é masculino, e eles não entendem. As 🏵 escolas também não respeitam, alguns professores chamam o nome morto, deixando meu filho pior", relata.

Em um contexto de falta de 🏵 aceitação da sociedade e até mesmo de confusão com os próprios sentimentos e processos, o apoio da família na vida 🏵 dos jovens trans é fundamental. É o que explica o psicólogo Ernesto Nunes.

"Quando alguém transiciona dentro desse espaço familiar, todo 🏵 mundo transiciona de alguma forma nacbet plataforma de jogosforma de perceber aquela criança ou aquele adolescente. Às vezes transicionar seus princípios, 🏵 valores, transicionar o afeto", pontua.

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