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Portugal visto de dentro por um jornalista carioca
Jornalista há mais de 20 anos, fez diversas coberturas internacionais por O Globo. 1️⃣ Escreve de Portugal desde 2024.
26/02/2024 02h01 Atualizado 26/02/2024
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Uma estudante 1️⃣ brasileira de 14 anos foi agredida com violência do lado de fora da escola básica onde estuda, em pokerrooms Santarém, 1️⃣ na região do Alentejo, em pokerrooms Portugal.
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As cenas violentas foram filmadas pelos alunos e disseminadas nas 1️⃣ redes sociais. Alguns noticiários reproduziram o
, que se tornou viral e chocou a população.
Uma das pessoas surpreendidas pela violência 1️⃣ foi a mãe da vítima, a brasileira Lucélia Marília Oliveira. Segundo disse ao Portugal Giro, ela estava no restaurante onde 1️⃣ trabalha quando foi alertada.
— Estava no restaurante e disseram: “Marília, olha a tua filha na TV”. Senti vergonha. Quando vi 1️⃣ o
, que já havia recebido sem saber que era minha filha, fiquei desesperada — disse Oliveira.
Segundo Oliveira, a agressora 1️⃣ é uma estudante portuguesa de outra escola e também teria 14 anos. A violência começou porque a portuguesa, filha de 1️⃣ uma brasileira, teria ouvido um boato sobre a mãe.
— Minha filha diz que inventaram fofoca sobre a mãe da agressora 1️⃣ e, por causa disso, ela foi tirar satisfação. Ficou esperando a hora da saída, às 18h30m, com uma amiga, que 1️⃣ filmava enquanto ela batia — declarou Oliveira.
No
, a agressora vai atrás da vítima, dá um tapa em pokerrooms seu 1️⃣ rosto e, depois, consegue jogá-la na calçada. Imobilizada, a filha de Oliveira recebe uma sequência de socos no rosto.
— Fomos 1️⃣ ao hospital e tenho o laudo. Minha filha está com hematomas e não quer sair de casa, com vergonha. A 1️⃣ escola sugeriu que fique em pokerrooms casa até quarta-feira. Ela chora direto porque vê na TV, foi noticiado em pokerrooms 1️⃣ todos jornais — disse Oliveira.
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Oliveira diz que irá hoje à delegacia com 1️⃣ a filha. De acordo com ela, uma queixa já foi apresentada na última semana. Também haverá uma reunião na escola.
— 1️⃣ Nada teria acontecido se houvesse policiamento na porta das escolas. E se ela estivesse armada? Eu venho de uma favela 1️⃣ de Fortaleza e vi muita coisa, mas nunca pensei em pokerrooms ver violência com minha filha em pokerrooms Portugal — 1️⃣ afirmou Oliveira.
Oliveira diz que a filha já sofreu ameaças e xenofobia na escola. E o mesmo aconteceu com o filho 1️⃣ menor. Os três, há cerca de quatro anos em pokerrooms Portugal, vivem sozinhos em pokerrooms Santarém, porque o marido e 1️⃣ pai foi transferido para a França, onde trabalha na construção civil.
— Meus dois filhos sofreram insultos xenófobos e choraram quando 1️⃣ ouviram “volta para tua terra”. Minha filha quer ir embora para o Brasil, sofre com o preconceito e pede socorro. 1️⃣ Mas não penso em pokerrooms ir embora, penso que as coisas têm que mudar — disse Oliveira.
Para pressionar por mais 1️⃣ policiamento nas escolas, a brasileira Juliet Cristino, fundadora do Comitê dos Imigrantes de Portugal (CIP), criou em pokerrooms janeiro uma 1️⃣ petição, que pode ser assinada aqui.
Recentemente, Cristino publicou o
de uma estudante brasileira sendo agredida no rosto por um 1️⃣ aluno.
— Há muita violência nas escolas e isso não pode acontecer. Temos que colocar policiamento para proteger a nossa nova 1️⃣ geração — declarou Cristino.
A imigrante brasileira, que acumula conquistas em pokerrooms nome dos estrangeiros, questiona a estratégia de segurança pública 1️⃣ nas cidades.
— Cadê os policiais? Estão nos supermercados. Estou pedindo, na petição, policiamento nas escolas, radar a 30 metros da 1️⃣ faixa de pedestres de cada escola, monitoramento por câmera em pokerrooms toda a propriedade escolar e que os pais tenham 1️⃣ acesso a esse sistema de vigilância — explicou Cristino.
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A 1️⃣ Polícia de Segurança Pública (PSP) mantém desde 1992 o Programa Escola Segura (PES), criado com o objetivo de “melhorar os 1️⃣ índices de segurança”, como informa o órgão em pokerroomspokerroomspágina.
Em 2024, foi publicado um despacho que define as atuais 1️⃣ regras do programa. Entre elas, a “garantia da segurança das áreas envolventes dos estabelecimentos de ensino”.
Ainda segundo a página do 1️⃣ programa, os objetivos prioritários são, entre outros, “diagnosticar, prevenir e intervir nos problemas de segurança das escolas e prevenir e 1️⃣ erradicar a ocorrência de comportamentos de risco e ou de ilícitos nas escolas e nas áreas envolventes”.
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