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Por Marina Pinhoni, Gabriel Croquer, baixar blaze apostas
22/12/2023 10h00 Atualizado 22/12/2023
O número de brasileiros que se declaram pardos 🍌 cresceu 11,9% desde 2010, passou o de brancos e se tornou o maior grupo racial do país pela primeira vez, 🍌 com 45,3% da população, segundo os dados do Censo 2023 divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 🍌 Estatística (IBGE).
A população que se declara preta também cresceu – hoje 10,2% dos brasileiros se dizem pretos –, assim como 🍌 a de indígenas (0,8% dos brasileiros assim se identificam).
A parcela dos que se declaram brancos voltou a cair, em linha 🍌 com o que acontece desde 2000, e passou a ser o segundo maior grupo, com 43,5% da população.
A de amarelos 🍌 também recuou, para 0,4%, e voltou ao mesmo patamar de 30 anos atrás.
Veja os números:
Os pardos são 92,1 milhões, 45,3% 🍌 da população. Em 2010 eram 43,1%;Os brancos são 88,2 milhões, ou 43,5%. Em 2010, eram o maior grupo, com 47,7%; 🍌 Os pretos cresceram 42,3% na última década, e passaram a ser 20,7 milhões, ou 10,2% da população, ante 7,6% em 🍌 2010;Os indígenas* agora são 1,7 milhão, ou 0,8% ante 0,5% em 2010, um aumento de 89%. Parte desse crescimento expressivo, 🍌 entretanto, pode ser explicado pela mudança na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;Os amarelos 🍌 tiveram a maior queda, de 2 milhões em 2010 (1,1% da população) para 850 mil agora (0,4%), retornando a patamares 🍌 próximos aos encontrados no censo de 1991.
Pela 1ª vez em 30 anos, Brasil se declara mais pardo que branco
Quem define 🍌 a cor ou raça de cada um
A definição da cor ou raça no Censo é feita por autodeclaração. Ou seja, 🍌 o morador entrevistado identifica a si mesmo de acordo com uma de cinco alternativas: branca; preta; amarela; parda ou indígena 🍌 (havia a opção de não declarar a raça, mas só 0,005% dos entrevistados decidiram assim).
O instituto considera amarelas pessoas com 🍌 ascendência de alguns países orientais, como Japão e China, por exemplo. Quando o indivíduo assim se identificava, o pesquisador explicava 🍌 isso e dava a chance para que a opção fosse alterada ou mantida.
Embora o quesito cor seja pesquisado no Brasil 🍌 desde o primeiro Censo de 1872, ele passou a ser denominado “cor ou raça” apenas partir de 1991. Por isso, 🍌 a série histórica divulgada pelo IBGE começa ali.
O IBGE destaca que a raça é um conceito mais amplo do que 🍌 apenas a cor da pele e outras características físicas, envolvendo também outros critérios de pertencimento identitário como origem familiar e 🍌 etnia.
Expressão da conscientização racial
Os dados foram divulgados em evento realizado nesta sexta na sede do Olodum, em Salvador, na Bahia, 🍌 com a participação de representantes do movimento negro.
“Esse lançamento em Salvador, a cidade que mais recebeu africanos no país, é 🍌 simbólico. Porque foi aqui que começou a luta de resistência dos quilombos no país e é por aqui que tem 🍌 que começar a luta por igualdade. Esses números vão ajudar a dizer que a pobreza tem cor, que o desemprego 🍌 tem cor”, disse João Jorge, presidente da Fundação Palmares.
O presidente do IBGE Márcio Pochmann, destacou o impacto da conscientização racial 🍌 nos números da pesquisa.
"O trabalho político de conscientização, de melhor empoderar a realidade do povo brasileiro, permitiu que o Censo 🍌 fosse cada vez mais percebido como avanço da população não branca no Brasil. Isso é uma expressão de uma conscientização 🍌 que está em curso no Brasil", afirmou.
Marcelo Gentil, presidente do Olodum, mencionou o trabalho do movimento negro.
“Realizamos uma campanha no 🍌 início dos anos 90, um conjunto de organizações do movimento negro brasileiro, que foi a campanha ‘não deixebaixar blaze apostascor 🍌 passar em branco’. Naquele momento, a população de pretos e pardos, ou seja, a população afro-brasileira, era bastante inexpressiva, mas 🍌 sabíamos que era uma população enorme. Por isso que nasceu essa campanha, para que as pessoas se assumissem como negros. 🍌 E a partir daí as pessoas passaram a se assumir enquanto negros e negras.”
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As raças por regiões...
Os pardos são 🍌 a maioria da população Nordeste (59,6%), do Norte (67,2%) e do Centro-Oeste (52,4%).
Os brancos são a maioria na região Sul 🍌 (72,6%), e quase a metade da população do Sudeste (49,9%).
As regiões com maiores concentrações de população preta são o Nordeste 🍌 com 13% e o Sudeste, com 10,6%.
Já os amarelos têm maior concentração no Sudeste (0,7%) e Sul e Centro-Oeste, com 🍌 0,4%, mesmo peso relativo nacional.
...e por municípios
Os pardos são o maior grupo em mais da metade dos municípios do país 🍌 – 3.248 das 5.570 cidades. Os brancos, em 2.284.
Em apenas 33 cidades brasileiras os indígenas são a cor ou raça 🍌 predominante e a preta, em 9. Os amarelos não são maioria em nenhuma cidade brasileira.
Confirabaixar blaze apostascidade no mapa abaixo 🍌 e, depois dele, uma calculadora para saber, quantas pessoas dabaixar blaze apostasidade, dabaixar blaze apostascor ou raça e do seu 🍌 sexo atribuído ao nascer há no seu município.
Autodeclaração entre as idades
A população com idade de 15 a 29 anos é 🍌 a que menos se identifica como branca. Para essa faixa etária, 48,7% se consideram pardos, valor acima do declarado pela 🍌 população total do Brasil (45,3%). Já os brasileiros com 75 anos ou mais são os que mais se reconhecem como 🍌 brancos, 55,6%.
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: Gustavo Gomes/ Arte baixar blaze apostas
Mais 🍌 velhos: amarelos; mais jovens, indígenas
A população que se declara como amarela é a mais envelhecida do país. O IBGE estipula 🍌 uma taxa, o chamado de índice de envelhecimento, a partir da comparação do número de idosos (60 anos ou mais) 🍌 com a população de 14 anos ou mais.
A média nacional do índice é 80. Já entre os amarelos, chega a 🍌 266,5 – mais que o triplo. Os indígenas, população menos envelhecida, tem índice de 35, 6.
Homens são maioria só entre 🍌 os pretos
A população preta é a única em que há mais homens que mulheres. Para cada 100 mulheres pretas, há 🍌 103,9 homens pretos. No geral, a população brasileira é majoritariamente feminina, e há 94,2 homens para cada 100 mulheres.
A proporção 🍌 de homens é a menor entre os amarelos (89,2 para cada 100 mulheres). Entre os brancos são 89,9 homens para 🍌 cada sem mulheres. Entre os pardos, 96,4, e entre os indígenas, 99,1.
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Outros dados do Censo 2023
Os dados do Censo 2023 começaram a ser divulgados em junho deste ano. 🍌 Desde então, foi possível saber que o
Brasil tem 203 milhões de habitantes, um número menor do que era estimado pelas 🍌 projeções iniciais;O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 🍌 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2023). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e 🍌 a outra metade é mais velha que isso. E há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de 🍌 brasileiros;O Brasil tem 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez 🍌 na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo;O número de indígenas cresceu 89%, 🍌 para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na 🍌 metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas.
*O percentual de pessoas indígenas considera tanto a autodeclaração 🍌 de cor ou raça quanto os que responderam à pergunta "se considera indígena?"
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